Aquecendo a promissora trajetória

 
Nem mesmo o fato de quase incendiar sua sala no primeiro dia de trabalho, em 1988, atrapalhou a trajetória do Publicitário Carlos Renato Paraizo. “Arrumei um espaço em minha pequena mesa de trabalho, acomodei a máquina, coloquei o fio na tomada e “buuummm!” – a sala ficou cheia de fumaça”, conta. Ele nem imaginava que no prédio havia duas redes de energia elétrica – uma 110 e outra 220 volts. Acabou queimando a máquina sem mesmo ter utilizado. Foi somente um desses acidentes que tornam o primeiro dia de trabalho inesquecível.

Mas trajetória profissional de Paraizo na Universidade seria promissora, pois hoje, além de suas atividades como assessor técnico na Coordenadoria da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH), é docente em outras universidades, ministrando disciplinas de criação publicitária e produção gráfica e web, e coordenando projetos, nos cursos de Comunicação Social. Uma história que vale apena ser contada. 

Recém-formado no ginásio, com apenas 14 anos, estava ansioso para trabalhar. Prestou a seleção na Unicamp e foi chamado para ser mensageiro na Secretaria da Coordenadoria da DGRH. Em suas atividades, datilografava relações de remessa dos processos e documentos que carregava o dia todo da DGRH para o GR, onde o coordenador despachava com o reitor.

Na primeira semana, descobriu que na sala ao lado da secretaria trabalhava dona Madalena, assessora do coordenador. Lá, havia uma máquina de escrever elétrica um pouco mais moderna que a mecânica que costumava usar. Quando percebeu que o equipamento era pouco utilizado, não pensou duas vezes e pediu emprestado. “Ainda bem que dona Madalena era uma senhorinha bem simpática e boazinha, apenas pediu que eu levasse a máquina para ser consertada no Centro de Manutenção de Equipamentos (Cemeq)”, lembra.

No ano seguinte, Paraizo foi fazer colégio técnico em Processamento de Dados, no período noturno. No trajeto do ônibus fretado, não controlava o sono e acabava tendo de ser acordado pelos colegas para não perder o ponto.

Ao término do curso técnico, fez estágio duas vezes por semana no antigo Datacentro da Diretoria Geral de Administração (hoje Divisão de Informática da DGRH). Com a vinda  desse departamento para a DGRH, pediu transferência para que pudesse atuar como programador de sistemas. Transferência aceita, lá permaneceu por alguns anos.

Foi nesse período que se formou em Publicidade e Propaganda e foi convidado pelo professor José Ranali, atualmente chefe de Gabinete da Reitoria e na época coordenador da DGRH, para montar a equipe de comunicação, onde está até hoje, gerenciando os projetos da Área.

Ao olhar para seus 14 anos de idade, quando começou como mensageiro, e ver-se hoje como mestre multimeios, avalia: “Já se foram 23 anos de dedicação e aprendizado. Sou grato à Unicamp pelas oportunidades de crescimento profissional e pessoal. Espero que minhas contribuições sejam úteis para o desenvolvimento de uma das melhores universidades do país”, afirma com orgulho.

Paraizo finaliza deixando uma mensagem para a nova geração de menores trabalhadores: “O trabalho e a carreira profissional são fortes aliados para nos fazer alcançar aquilo que desejamos. Por isso dediquem-se e acreditem que podem fazer melhor, respeitando seus limites e os das pessoas que convivem com você. É muito importante e necessário crescer para chegar onde se quer, mas quando se faz isso trazendo consigo pessoas que contribuem com você durante sua trajetória, a vitória é bem maior”.

[ Texto publicado no livro "Faço parte dessa história", São Paulo: Usina de Ideia - dezembro/2011 ]

Comentários

Anônimo disse…
Bela história de vida, Pará. Parabéns. Roberto Costa

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